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domingo, 21 de abril de 2013

Imigração portuguesa no Brasil


Imigração portuguesa no Brasil


O Brasil foi descoberto pelos portugueses em 22 de abril de 1500. Logo após o fato, os colonos passaram a se estabelecer na colônia, porém, de forma pouco significativa. De início, aqui foram deixados degredados (pessoas tidas como indesejáveis em Portugal, que tinham como pena o degredo no Brasil). Esses primeiros colonos foram abandonados à própria sorte e acabaram sendo acolhidos pelos grupos indígenas que viviam no litoral. Os degredados chegaram a compor de 10 a 20% da população da Bahia e Pernambuco(áreas mais ricas). Em contrapartida, nas regiões periféricas, como o Maranhão, os degredados eram entre 80 e 90% da população portuguesa.
Durante os séculos XVI e XVII, a imigração de portugueses para o Brasil foi pouco significativa. A Coroa Portuguesa preferia investir na sua expansão comercial no continente asiático e pouco valorizava as suas possessões nas Américas. Porém, durante o século XVI, piratas franceses e de outras nacionalidades começaram a rondar o território brasileiro e a fazer tráfico de pau-brasil dentro das terras lusitanas. Essa situação obrigou a Coroa Portuguesa a começar efetivamente a colonização do Brasil. Os primeiros colonos portugueses começaram a chegar ao Brasil em maior número após 1530. A colônia foi dividida em capitanias hereditárias e as terras foram divididas entre nobres lusitanos. Para promover a colonização desses grandes lotes de terra, a Coroa Portuguesa passou a incentivar a ida de colonos para o Brasil, que recebiam sesmarias e tinham um prazo de tempo para desenvolver a produção.
Nesse período, vieram para o Brasil portugueses de todos os tipos: ricos fazendeiros, aventureiros, mulheres órfãs, degredados, empresários falidos e membros do clero. O foco da imigração foi a Região Nordeste do Brasil, já que as plantações de cana-de-açúcarestavam em pleno desenvolvimento. Essa imigração colonizadora ficou marcada pela masculinidade da população: as mulheres portuguesas raramente imigravam, pois na Europa o Brasil possuía a imagem de uma terra selvagem e perigosa, onde apenas os homens poderiam sobreviver. No Nordeste brasileiro nasceu uma sociedade açucareira rígida, formada pelo colono português e seusescravos africanos. Para suprir a falta de mulheres portuguesas, a Coroa Portuguesa passou a enviar para o Brasil mulheres órfãs que, ao invés de seguirem o caminho religioso, iam se casar no Brasil. Todavia, os esforços não foram suficientes e a miscigenação ocorreu em larga escala: as mulheres indígenas e africanas acabaram por substituir a falta das mulheres portuguesas.
Surge, então, o "branco da terra": filho do colono português com as índias locais. Mais tarde, surge a figura do mulato: filho do europeu com as africanas.[5] Desembarcaram também na colônia judeus, muitos cristãos-novos e ciganos. Sob o domínio holandês centenas de judeus de Portugal e Espanha se instalaram, sobretudo, em Pernambuco, acrescentando à diversidade étnica do Brasil colonial.
Os primeiros habitantes do Brasil.
Quando falamos sobre o descobrimento do Brasil, notamos que muitos livros didáticos e pessoas ainda atribuem esse feito à figura do navegador português Pedro Álvares Cabral, no ano de 1500. Contudo, sabemos que os primeiros descobridores do nosso território foram as antigas comunidades que chegaram à América no período pré-histórico e, com o passar do tempo, formaram diversas civilizações.
Essas comunidades só foram chamadas de “indígenas” e os seus integrantes de “índios” com a chegada dos europeus. Tal nome foi dado porque, quando chegaram aqui pela primeira vez, os europeus acreditavam que tinham alcançado a Índia. De tal forma, percebemos que o termo foi resultado do contato entre os brancos e os nativos.
Quando falamos dos índios temos que ter o cuidado de não pensar que os índios são todos iguais. Ao longo dos séculos, as comunidades indígenas aqui formadas desenvolveram diferentes tipos de costumes, línguas, valores e tradições. Até mesmo em sua fisionomia, podemos observar que os povos indígenas também possuem outras interessantes.
Algumas comunidades indígenas do Brasil viviam de forma nômade e seminômade, consumindo os recursos naturais disponíveis e depois se mudando para regiões que tivessem maior disponibilidade de animais de caça, plantas, frutos e recursos hídricos.
Por outro lado, também havia povos indígenas que dominavam a agricultura e que tinham uma rotina de trabalho intensa e regular. Não por acaso, muitos desses indígenas foram empregados como escravos nas propriedades criadas pelos colonizadores portugueses.
Além de dominarem a caça e pesca, temos em várias comunidades indígenas a presença de um vasto conhecimento sobre a vegetação do território. Não raro, tal conhecimento era empregado para a fabricação de remédios naturais que acabaram sendo utilizados pelos colonizadores.
Organizando-se de forma variada, percebemos que uma quantidade expressiva dos indígenas vivia em grandes cabanas chamadas de “ocas”. Nas ocas temos a presença de várias famílias e integrantes de uma comunidade vivendo de forma muito próxima. As habitações menores e com poucos integrantes eram mais comuns em comunidades menores.
De acordo com estudos atualizados, até a época da chegada dos portugueses, o Brasil contava com 1400 povos indígenas. Em termos numéricos, essa variedade de povos abarcava uma população que oscilou entre a casa dos três a cinco milhões de habitantes. Com números tão significativos, percebemos o quão importante é a presença indígena em nossa história.
Infelizmente, ainda temos um longo caminho para revelar com maior riqueza o passado e a cultura indígena na formação de nosso povo. A exploração, a matança e o preconceito contra os povos indígenas acabaram acobertando muitas informações e saberes de suma importância. De tal modo, cabe a nós, estudiosos, alunos e professores, ampliar nossos horizontes sobre tão relevante tema.

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